Na maior parte das vezes, confundida com “inspiração”, o que é um equívoco. Estamos sempre escutando certas vozes interiores, ruídos destinados a nos distrair, a nos fazer perder o contato com a vida. Não se calam, não sossegam nunca. Certas tradições mágicas dizem que nosso controle sobre estas vozes é quase nenhum.
Quem já experimentou meditação sabe o quanto isto
é verdade; e mesmo quem nunca meditou sabe que elas existem (músicas que
cantamos mentalmente, pensamentos que não conseguimos evitar, etc.) Só uma
coisa faz calar estas vozes: o entusiasmo. Quando estamos verdadeiramente
envolvidos na arte de viver, estas pequenas e mesquinhas vozes interiores deixam
de falar suas bobagens – e então podemos ouvir a voz de nosso anjo da guarda, a
voz de nosso coração, a voz de Deus.