sexta-feira, abril 13, 2012

ela está morta, e eu também.
O que resta dela está apodrecendo em algum lugar num caixão de pinho, enquanto eu tenho a oportunidade de estar sentado aqui no terraço, apreciando minha bebida e olhando para você. Corrija- me se eu estiver sendo presunçoso, mas acho que tive um fim melhor que o dela.Só de olhar, posso dizer que você não está entendendo. Claro que não estamos numa época cínica e racional, e você não vai acreditar que eu sou um defunto só porque estou dizendo.Há um século isso seria diferente pelo menos da última vez que tive essa conversa com alguém, foi bem diferente mas esta é a era dos fatos.E os  fatos dizem que cadáveres não se movem, não andam e não falam. Sinto muito, minha querida, mas tenho uma surpresa para você: este cadáver aqui o faz.Então sente-se. Por favor, eu insisto que você fique confortável. Sirva-se de algo para beber, de preferência da jarra á esquerdaa da direita possui um sabor excêntrico. Esta será uma longa noite, e creio que você vai precisar de uma bebida forte... ou até mesmo duas.Nas próximas horas, vou explicar-lhe, com detalhes insuportáveis, porque tudo o que você pensa e sabe sobre a vida e a morte está errado. Em outras palavras, você não sabe coisa alguma sobre a maneira como o mundo realmente funciona, e eu vou abrir os seus olhos.Mas temo, minha querida, que você não vai gostar do que vai ver
.


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